domingo, 11 de julho de 2010

Onde está mamãe?

No post anterior fiz um comentário sobre a mulher ter reivindicado a sua liberdade, o que eu quis dizer com isso?

Primeiramente quero deixar registrado que acho muito interessante que nós mulheres tenhamos posiçãos de destaque no mercado de trabalho, e claro, eu não ficaria sem trabalhar, pois essa questão culural já está inserida nas minhas entranhas, porém acredito que a sociedade está cada vez mais decadente por conta da falta das mães em casa.

Acredito que mulher deveria ter lutado por respeito e liberdade, apenas eliminando o preconceito, e não com que ela saísse de seu lar para ter pesadas jornadas de trabalho. Não que eu acredite que mulher tem que ser amélia e ficar enfurnada dentro de casa. Porém acredito que a uma mãe jamais devesse ficar tanto tempo longe de seus filhos. Hoje em dia a televicão e professores são as referências das crianças. E os pais cobram que eles sejam "bonzinhos e educadinhos" quando nos desenhos tem persongens que lutam entre si e usam xingamentos.

Vamos lá:

A mamãe tem o seu filho, como disse no post anterior, ela acostuma que ele fique mais no berço e pouco lhe dá o tão necessário colo, pois dali poucos meses mamãe voltará a trabalhar, deixando sua pequena cria sem o seu carinho.

Mamãe pára de amamentar porque não pode mais dar o seu precioso leite. Médicos me desculpem, mas não acho que seja verdade que 3 meses de amamentação já é o suficiente, não pelo leite, mas pelo momento mãe e filho! Se Deus permite que uma mulher tenha leite até sabe-se lá quantos meses, é porque aquela mãe e aquele filho necessitam desse tempo, mas tudo é então interrompido.

Filhinho começa então a mamar o leite de outro animal, cheio de toxinas e produtos químicos! Que grande erro!

Filhinho dá os primeiros passos e mamãe estava no trabalho. Balbucia as primeiras palavras, tem o seu primeiro tombo (quando a escolinha liga desesperadamente para mãe). A criança então maiorzinha, com aquela sede de brincar, com toda a energia, é bloqueada pela televião, pois mamãe chegou tarde e precisa arrumar a casa, lavar as roupas, preparar a janta para o papai, não tem tempo de brincar.
Na minha época eu não tinha agenda escolar, minha mãe (que trabalhava meio período) sentava comigo para me ajudar com a lição. Hoje as crianças tomam conta por si só do dever, e caderinhos são preechidos com erros gramaticais.

Na adolescencia fica mais fácil, pois a criança já sabe se virar, ajuda com os deveres de casa. E quer a liberdade. Quer comprar tudo o que pode, pois passou a infância toda na frente da televisão que diz que você tem que comprar tudo e você é melhor e mais bonita se tiver a sandália perfumada da Sandy. E a competição se dá desde então, quando o amiguinho tem, e a criança tem que ter igual. Mamãe que passa tanto tempo fora de casa, precisa compensar a falta de carinho com presentes.

Pronto, temos adultos extremamente carentes, competitivos, consumistas e jamais satisfeitos.

Como seria mamãe dentro de casa?
Ela daria muito mais toque e carinho, estaria por perto nos primeiros passos ajudando a criança a superar os medos. Daria conforto nos momentos de conflitos, daria carinho ao invés de presentes. Daria conselhos e ajudaria na lição, e seu filho sentiria que o porto seguro é real. Mamãe sempre é um porto seguro para os filhos, mas que algumas vezes não acolhe, pela falta de tempo.

No reino animal a fêmea tem a visão mais expandida para cuidar da cria, o macho tem uma visão mais focada, para achar com facilidade sua caça, sabia que é assim com os humanos também? O campo de visão da mulher é mais amplo que o do homem. Com isso podemos entender qual é o papel de cada um, não é mesmo?

É de se espantar que o único animal com raciocínio lógico e poder de decisão mais apurado que os outros animais faça escolhas tão erradas.

Hoje precisamos que a mulher trabalhe para complementar a renda e ajudar caso o homem perca o emprego. A mulher precisa trabalhar porque o homem desaprendeu a viver mais simplestente. O desejo de consumir e ser melhor que os outros nos faz com que queiramos cada vez mais dinheiro.

Acredito que a mulher devesse ser valorizada como mãe e mulher, com jornadas mais curtas de trabalho, sem impactos na renda, ou seja comsalários mais altos, com menos horas de trabalho (já que é tudo sobre o dinheiro). E aí sim poderíamos conseguir uma sociedade mais humana, mais afetiva, não tão carente. Conseguimos nossa liberdade, porém somos escravas da sociedade, do cansaço, dos afazeres domésticos, do trabalho, da beleza e moda, e os filhos cada vez mais criados pelo mundo, pela televisão, por estranhos.

Nota: É um grande conflito interno ter uma crença à qual eu própria teria dificuldades em aplicar na minha vida, mas vou me esforçar, quem sabe eu consiga.

Namaste

Um comentário:

  1. Lindo texto, Egle, como acredito nisso e trabalho para que isso se torne mais fácil para nossa sociedade inserir. O mundo preciso do sagrado feminino, do lado belo e amoroso das mulheres, ou estaremos condenados, por falta disso. Que cada um tome a responsabilidade de mudar isso. Homens, incentivem as mulheres a serem naturalmente femininas. Mulheres, resgatem seu lado mais belo. O mundo todo ganhará com isso. Namaste.

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