sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EXPECTATIVAS

Nunca é tarde para aprender, estamos em constante aprendizado. Sempre soube que expectativa pode gerar frustração.
Este meu ciclo lunar, meu encontro com a minha anciã está sendo tão profundo que está me fazendo desapegar de algumas emoções e sentimentos.
Gosto de viver no AGORA, o PRESENTE! Viver o AGORA não combina com expectativa. De repente me vi imersa em um profundo mar de expectativas vazias, deixando de estar presente. Minha anciã clareou este aspecto (para quem não entende porque estou mencionando sobre a anciã, pesquise sobre os 4 arquétipos das Deusas, vai dar resultado rapidinho no google).
Propor-se a viver uma vida sem expectativas não significa não sonhar ou planejar, aliás, são coisas bem diferentes, porém uma linha muito tênue as dividem, por isso se confudem facilmente.
Sonhar e planejar são extremamente necessários para se concretizar coisas no AGORA, mas a expectativa pode gerar frustração no desenrolar desses sonhos e planos.
A expectativa pode ser gerada por relacionamentos, projetos, sonhos, pessoas, amores, paixões, empregos, promessas, etc, etc, etc e precisamos estar atentos também quando a expectativa nos é ofertada como um lindo presente embrulhado com laços reluzentes, não sinta-se mal em não usar este presente, não foi dado com má intenção.

A expectativa nos desconecta do AGORA, projeta nossa mente para algo que nem ainda aconteceu, nos torna cegos e floreia situações que talvez nunca serão reais. Viver uma vida sem expectativas pode ser surpreendente, pois sem expectativas, tudo que acontece é uma novidade.




sexta-feira, 29 de julho de 2016

Liberdade x Maternidade

Liberdade x Maternidade

Nessas andanças terapêuticas, livros de Gayarsa e Roberto Freire, meditações de Osho, descoberta do orgone, percebi que a liberdade é extremamente sedutora e convidativa.
Duas semanas antes de engravidar, pensava em combinar com o marido sobre não ter filhos, viver uma vida viajando, sem contar na escandalosa proposta de um relacionamento respeitoso e livre.

A gravidez trouxe o filho, o filho trouxe uma raiz.
Um dos meus maiores desafios de um terapeuta é ser aquilo que ele prega.
Quando conduzo grupos, insisto que precisamos ser livres. Como vocês podem ver, os terapeutas que mencionei são homens. A grande maioria de terapeutas que veneram a liberdade são homens, sem filhos. Acredito que a forma como eles encaram a liberdade é extremamente necessária, pois essa forma nos instiga, nos deixa curiosos e ávidos por experimentar ser livre.

Mas como fazer com essa liberdade quando somos mães? Filhos tiram nossa liberdade? E o medo de assumir a resposta real.

Que desafio! Ser livre e ser mãe, como equilibrar essas duas máximas tão transformadoras e maravilhosas?

Não, não quero colocar o pai nesse balaio, não é sobre o pai esse texto, embora ele seja o grande companheiro para dividir a responsabilidade e cada um ter um tempo para si, enquanto outro cuida da cria, sem contar que não posso falar e nem sentir por ele.

É sobre EU mãe. Que acordo quando queria dormir, que cozinho quando queria jejuar, que lavo roupas quando queria me despir em alguma cachoeira, que vou ao parquinho quando queria meditar, que deixo de estar ausente para ser companhia, que ouço barulho quando queria silêncio.


É preciso encontrar um ponto de equilíbrio, aqui o ponto de equilíbrio está sendo na forma de relacionar com o marido e de como viver a rotina como mãe.

Ainda busco respostas para algumas perguntas, perguntas que talvez fiquem sem respostas por muito tempo, perguntas que talvez deixem de ser feitas, porque a entrega na maternidade é tão incrível, que aos poucos tudo vai se dissolvendo e resolvendo. Tão pleno que a vontade dessa entrega permanece ao desejar mais filhos, perder ainda mais a liberdade, me dedicar a seres que saem de mim e que não são eu.

Existe algum segredo para ser livre e ser mãe? Talvez escolher ser mãe já seja uma forma de experimentar a liberdade, optar por uma escolha tão desafiadora?

Agora não posso voar sozinha, pois estou ensinando alguém a bater suas próprias asas, para em breve voarmos juntos e então, separados em algum momento! Mas ainda assim, me sinto livre. É um relacionamento tão transcendental que ele não tem fronteiras. A troca de olhares e o amor que transborda entre eu e meu filho é uma experiência de ausência de tempo, sou capaz de atrasar todo o meu dia apenas para ficar olhando nos seus olhos, ouvindo sua doce voz e brincando! Brincar é ser livre, se perder no tempo é ser livre. É muito confuso isso, não é mesmo?

Livre e mãe, livre e enraizada.

Ele pode voar junto, ele está enraizado a mim, mas nossas raízes podem se soltar e caminhar por onde quisermos, mas ele estará comigo, até quando? Até quando ele perceber que pode voar e se libertar.