sexta-feira, 1 de maio de 2020

Solidão.

Mesmo 24 horas acompanhada, pai, mãe e filho...  solidão.

Dizem que quando nos amamos, nos bastamos. 

Eu me amo. Mas sinto falta de amar, ser amada, essa é a verdade. 

Eu não acreditava da no amor para sempre, até que um dia comecei a acreditar, porque uma nova forma de amar encontrei e então eu queria sim ficar o resto da vida com aquela pessoa. 

Mas... De repente era só eu amando e idealizando a velhice sentados numa casa avarandada.

Agora sinto saudades do que não vivi.

A marca profunda de uma traição consentida é o que carrego, por mais profunda que seja, não cortou minha capacidade de amar, de desejar, de me apaixonar.

E as paixões que só eu me apaixono e que deixam marcas, também não cortam a minha capacidade de amar.

Na verdade, queria não amar, não me apaixonar, não sei o que dói mais, as paixões não vividas, não retribuídas ou um coração sem amor? 

É pandemia, não tem ninguém do outro lado dizendo te amo, quero te ver! Você é a primeira pessoa que quero estar. Me sinto só, mesmo sabendo que tem tanta gente linda para abraçar quando isso acabar.

Mas não tem esse amor, que faz tremer os pés, arrepiar os pêlos, suar frio, bater forte o coração. Só tem o vazio, o silêncio.

Poderia ter, mas também não é você, mas queria que fosse.

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