quinta-feira, 19 de abril de 2012

Eu e o Mar


Parei pra refletir... Será mesmo que devo compartilhar tantas coisas? Será que não devo guardar minhas idéias, crenças, feitos, reflexões e confusões para mim?
Mas o meu coração anseia por compartilhar. Não sei se agrada ou desagrada a quem lê, mas e o que eu tenho com isso? Cada um irá reagir de uma maneira, o que importa mesmo é eu saber que estou distribuindo idéias.

É que esse post é um pouco polêmico, pois assumo aqui uma certa liberdade de expressão que não é muito comum. Assumo a beleza do nosso corpo!
Assumo a liberdade que é aprisionada em nossos corpos.

Já fiz uma postagem sobre isso, mas até então eu não tinha vivenciado a liberdade da comunhão entre corpo e natureza, e pensei muito sobre compartilhar ou não, mas foi tão bom, que não posso guardar só para mim.

Muitas pessoas são adeptas ao naturismo e praticam eventualmente, os nossos ancestrais praticavam diariamente, porém nós perdemos essa pureza e banalizamos o nosso corpo.

É claro que não levanto a bandeira de sair por aí em um ônibus circular, shopping, etc nú, é muita gente né. Mas levanto a bandeira de cultuar o corpo como forma divina em lugares que isso seja viável, dentro de nossas casas, na praia, na natureza, enfim, onde for possível, mas isso apavora muita gente, temos medo do nosso corpo.

Foi uma experiência maravilhosa olhar para aquele mar e me libertar do biquini, poder sentir a água fluir, o Sol tocar a pele, sem barreiras, sem medo, sem vergonha, respeitando a natureza e ao meu corpo. Foi maravilhoso ver outras pessoas se motivando a fazer o mesmo! E foi incrível dividir esse momento com o meu maior cúmplice, que também se entregou inteiramente à natureza!

Mas e depois? Como voltar para a realidade? Como ser eu mesma depois de ter me tornado UNA com a natureza? Que vontade de fugir, de sair correndo para algum lugar onde o meu corpo é aceito. Não dá para fugir, então escrevo, escrevo para ajudar, para despertar, para dividir e dizer que a liberdade é a melhor coisa que existe no mundo, e ela é simples, são pequenos atos como esse que nos tornam mais livres, mesmo que por poucas horas, mas a experiência fica, a felicidade fica, o mar fica, e ele está lá, só me esperando.

A alma mora em nosso corpo, e o nosso corpo e nossa alma moram neste planeta, o planeta não se veste, ele está escancarado sedento pelo nosso toque e respeito. Quando pudermos nos sentir UNO com o planeta, experimentaremos uma explosão de sentimentos inimagináveis de felicidade e liberdade, de compaixão e amor, sentiremos Deus em nós, que é energia, não tem limites.

A roupa nos encouraça, nos distancia, nos limita, nos aquece no inverno mas esfria o coração.

Deixo aqui a minha gratidão e o meu amor ao meu corpo!

Namaste!

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